Governança e Sustentabilidade em Países em Desenvolvimento: Estrutura Intelectual, Tendências e Lições do Brasil e da China
DOI:
https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v11i00.150Palavras-chave:
Governança, Sustentabilidade, Países em desenvolvimento, Brasil, China, BibliometriaResumo
Objetivo – O propósito desta pesquisa é analisar a estrutura intelectual e as interconexões existentes entre governança e sustentabilidade em nações em desenvolvimento, investigando as tendências predominantes e tópicos emergentes. Adicionalmente, o estudo compara o Brasil e a China, que são dois dos mais significativos e heterogêneos países em desenvolvimento globalmente, com o objetivo de elucidar diferenças específicas. Esta comparação visa exemplificar as semelhanças e disparidades no que concerne à sustentabilidade e governança nestes contextos.
Método – Uma abordagem de métodos mistos por meio de uma revisão sistemática da literatura para construir a estrutura intelectual, com o uso do pacote bibliometrix no software R, e estatísticas descritivas e testes t foram empregados com os dados do Banco Mundial para traçar o perfil de alguns aspectos e comparar os dois países.
Resultados – Os resultados trazem evidências de principais interesses relacionados ao impacto da governança e determinantes, emissões de poluentes, responsabilidade corporativa e desempenho de organização/país, dentro da literatura. O estudo também sugere um perfil inverso em relação a governança e sustentabilidade, com o Brasil apontando para melhores condições sustentáveis que a China, porém, com menores aspectos empresariais para alavancar o desenvolvimento.
Originalidade – O estudo sobre governança e sustentabilidade em países em desenvolvimento destaca-se por sua análise detalhada dos fatores de governança que afetam as emissões de poluentes e a responsabilidade corporativa. O estudo também realiza uma comparação específica entre Brasil e China, em termos de aspectos de desenvolvimento sustentável.
Contribuições teóricas – O estudo destaca um interesse acadêmico crescente em governança e sustentabilidade em países em desenvolvimento, ampliando o discurso para incluir questões chave como emissões de poluentes, responsabilidade corporativa e desempenho do país em termos de registro de patentes.
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