A Instrução 586 da CVM E O Isomorfismo Institucional nas Práticas de Governança Corporativa das Empresas Listadas no IBRX50: O Conselho de Administração

Autores

  • Vivian Luiz Coco Centro Universitário - IBMEC, Rio de Janeiro, (Brasil)
  • Adriano Checchetto Hemerly Centro Universitário - IBMEC, Rio de Janeiro, (Brasil)
  • Victor da Conceição Betini Ferreira Centro Universitário - IBMEC, Rio de Janeiro, (Brasil)
  • José Francisco Rezende Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ/FACC, Rio de Janeiro, (Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v9i1.80

Palavras-chave:

Teoria Institucional, Isomorfismo Institucional, Governança Corporativa, Conselho de Administração

Resumo

Objetivo do estudo: Examinar a incidência de isomorfismo institucional nas práticas de Governança Corporativa, tendo por base informações prestadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no tocante ao Informe sobre o Código Brasileiro de Boas Práticas – Companhias Abertas.

 Metodologia/abordagem: Para identificar isomorfismo institucional nas práticas de Governança Corporativa afins à instância do Conselho de Administração –  um dos cinco tópicos do informe à Comissão de Valores Mobiliários CVM –, foi realizado estudo descritivo e comparativo a partir das informações secundárias disponíveis no site da CVM. A amostra, para o exercício fiscal de 2018 contempla 45 empresas com papéis de maior liquidez e representatividade do mercado de ações brasileiro, listadas no Índice Brasil 50 (IBrX 50) da B3 (BOVESPA).

 Originalidade/Relevância: O estudo enquadra a aplicação da Resolução 586 como mecanismo de regulação e identifica a aplicação superficial e pouco objetiva por parte das organizações que deveriam prestar informações públicas.

 Principais resultados: Os resultados forneceram subsídios para reforçar a suposição de que empresas do IBrX50 adotam e/ou divulgam situações isomórficas no que tange às Boas Práticas de Governança Corporativa adotadas pelo Conselho de Administração. O estudo contribui para a propagação de práticas de governança e para a identificação de vieses na aplicação da Instrução 586.

Contribuições teóricas/metodológicas: Os achados demonstram associações entre Teoria Institucional e as chamadas Práticas de Boa Governança, enfatizando a possibilidade de isomorfismo. A abordagem gráfica para os itens de análise permite destacar as práticas de boa governança mais citadas.

 Contribuições sociais / para a gestão: O estudo aponta a ocorrência de práticas isomórficas e a inconveniência da repetição de padrões que acabam por embaçar a análise específica e individualizada das organizações da amostra.

Biografia do Autor

Vivian Luiz Coco, Centro Universitário - IBMEC, Rio de Janeiro, (Brasil)

Mestrado Profissional em Administração (IBMEC-RJ). Rio de Janeiro

Adriano Checchetto Hemerly, Centro Universitário - IBMEC, Rio de Janeiro, (Brasil)

Mestrado Profissional em Administração (IBMEC-RJ), Rio de Janeiro.

Victor da Conceição Betini Ferreira, Centro Universitário - IBMEC, Rio de Janeiro, (Brasil)

Mestrado Profissional em Administração (IBMEC-RJ), Rio de Janeiro.

José Francisco Rezende, Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ/FACC, Rio de Janeiro, (Brasil)

Doutor em Ciências em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Instituto Coppead de Administração, Rio de Janeiro, (Brasil). Professor Colaborador pro-bono da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis - UFRJ/FACC, Rio de Janeiro. 

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Publicado

2022-12-10

Como Citar

Luiz Coco, V., Hemerly, A. C. ., Ferreira, V. da C. B. ., & Rezende, J. F. . (2022). A Instrução 586 da CVM E O Isomorfismo Institucional nas Práticas de Governança Corporativa das Empresas Listadas no IBRX50: O Conselho de Administração. RGC - Revista De Governança Corporativa, 9(1), e080. https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v9i1.80